terça-feira, 24 de junho de 2008

Saudades....


Ao meu pai,


Chuva


As coisas vulgares que há na vida

Não deixam saudade

Só as lembranças doem ou fazem sorrir

Há gente que fica na história

Da história da gente

E outras de quem nem o nome lembramos ouvir


São emoções que dão vida à saudade que trago

Aquelas que tive contigo e acabei por perder

Há dias que marcam a alma e a vida da gente

E aquele em que tu me deixaste não posso esquecer


A chuva molhava-me o rosto gelado e cansado

As ruas que a cidade tinha já eu percorrera

Ai, meu choro de moça perdida gritava à cidade

que o fogo do amor sobre a chuva há instantes morrera


A chuva ouviu e calou meu segredo à cidade

E eis que ela bate no vidro trazendo a saudade


A chuva molhava-me o rosto gelado e cansado

As ruas que a cidade tinha já eu percorrera

Ai, meu choro de moça perdida gritava à cidade

que o fogo do amor sobre a chuva há instantes morrera


A chuva ouviu e calou meu segredo à cidade

E eis que ela bate no vidro trazendo a saudade.

2 comentários:

caniche vagabundo disse...

E é por isso que continuamos vivos e permanece viva a nossa memória e a nossa história de vida, enquanto houver quem nos pense e quem nos sinta, quem tenha saudades de nós e se lembre de nos ver sorrir...

Gonças&Miana disse...

Max, essa foi profunda, mas de muito bom tom!