Ao meu pai,
Chuva
As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudade
Só as lembranças doem ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
Da história da gente
E outras de quem nem o nome lembramos ouvir
São emoções que dão vida à saudade que trago
Aquelas que tive contigo e acabei por perder
Há dias que marcam a alma e a vida da gente
E aquele em que tu me deixaste não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha já eu percorrera
Ai, meu choro de moça perdida gritava à cidade
que o fogo do amor sobre a chuva há instantes morrera
A chuva ouviu e calou meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro trazendo a saudade
A chuva molhava-me o rosto gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha já eu percorrera
Ai, meu choro de moça perdida gritava à cidade
que o fogo do amor sobre a chuva há instantes morrera
A chuva ouviu e calou meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro trazendo a saudade.
2 comentários:
E é por isso que continuamos vivos e permanece viva a nossa memória e a nossa história de vida, enquanto houver quem nos pense e quem nos sinta, quem tenha saudades de nós e se lembre de nos ver sorrir...
Max, essa foi profunda, mas de muito bom tom!
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